OS TRISTES SINTOMAS DA GREVE DOS CAMINHOS DE FERRO

A investida da Polícia Nacional contra os trabalhadores dos Caminhos de Ferro de Luanda evidencia o "regresso" da intolerância ao exercício das liberdades fundamentais numa altura em que tudo parecia ser obra do passado. Foi revoltante ouvir depoimento de trabalhadoras (mães) que acabaram internadas em hospitais por causa dos espancamentos, de senhores com anos de serviço na empresa a serem enxovalhados em plena rua.
Foi um mau sinal, aliás, péssimo, para aquilo que parece ser a forma do Executivo se relaccionar com a economia numa altura em que o desemprego e a falta de satisfação das necessidades básicas deviam estar entre as suas máximas prioridades. Sintomas evidentes da falta de um PLANO DE RECUPERAÇÃO DAS EMPRESAS PÚBLICAS e de manutenção dos empregos a bem de estabilidade social e económica das famílias.
Depois, do desrespeito ao direito a greve dos trabalhadores estes são castigados com os efeitos de uma requisição civil que vai colocar novos trabalhadores em substituição dos grevistas. No final, os trabalhadores são colocados em casa, desempregados e humilhados pelo próprio Estado que os devia proteger. Quais são as dificuldades que o PCA dos CFL tem em cumprir com aquilo que prometeu aos trabalhadores?

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